A entrada da Casa dos Crivos foi palco, ontem ao final do dia, de um espectáculo que seria, segundo percebi, um tributo a Amália Rodrigues e a Maluda. Ambas são ícones inegáveis de diferentes formas de expressão artística.
O tributo a Amália passaria por um espectáculo musical, interpretato à porta da Casa dos Crivos, para que quem passasse na Rua de S. Marcos ou quem estivesse na esplanada da Brasileira pudesse usufruir. Cheirou-me a cultura de rua, por momentos (aquela que tanto faz falta em Braga).
Para minha surpresa, a Rua de S. Marcos estava às escuras. Por momentos pensei "Será que é uma atitude concertada com a EDP para este espectáculo?". Mas logicamente cheguei à conclusão que não era nada disso. Em conversa com o Camilo, disse-me que a rua já está às escuras há uns dias e que aquilo para o espectáculo nem era nada bom. E é este o tributo que as nossas artistas merecem. Serem relegadas para as escuras, para que ninguém possa apreciar as suas formas de arte. Seremos incultos? Felizmente, uma benesse do S. Pedro relegou toda a gente para dentro da Casa dos Crivos e, assim, pudemos ouvir e apreciar a voz que fazia lembrar uma das melhores vozes de Portugal.
Srª. Vereadora da Cultura, Drª. Ilda Carneiro, mesmo sabendo que não tem a cultura cibernáutica de ler blogues, apelo a que olhe pelo estado da nossa cultura em Braga. Não precisamos que só o Theatro Circo tenha espectáculos monumentais, mas precisamos que os de rua sejam mais apoiados e que tenham visibilidade. Não há que ter vergonha na nossa cultura.
2 comentários:
Acaso, o amigo Farricoco Maldito não sabe que qualquer bom espectáculo se faz à meia luz ou às escuras? Assim podem brilhar as estrelas do palco.
Qual brilhar as estrelas, qual quê? Ò Licínio, bem sabes que isto tem a ver com os preguiçosos da Câmara em dar a conhecer à EDP que a rua está às escuras. E porque raio é que a CMB nunca fez pressão à EDP para deixar uma delegação em Braga? É preciso subcontratar piquetes para intervencionar Braga. É indecoroso.
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