segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

À moda da Ana Galvão...submissão!



Não são raras as vezes que
ouvimos comentar que Braga
é um deserto cultural e
que nesta cidade a cultura
não tem lugar. Ora, os
bracarenses têm agora uma
oportunidade para constatar
que tal não corresponde à
verdade e que vão acontecendo
iniciativas que merecem
a atenção mais pormenorizada
por parte da
população.
Refiro-me, no caso concreto,
a uma iniciativa a cuja organização
o ‘Correio do Minho’
se associou e que tem o
mérito de ser muito mais do
que uma manifestação cultural:
é também uma iniciativa
solidária.
Até ao dia 8 de Janeiro, está
convidado a passar pela galeria
‘Nímbus’, no Centro
Comercial dos Granjinhos, e
apreciar obras de estilos bem
diferentes concebidas por 22
artistas.
Se quiser ser solidário e ajudar
o próximo, então pode
passar pela galeria no próximo
dia 8, às 21,30 horas, e
licitar uma das obras. É que
as 22 peças de arte vão ser
leiloadas nessa noite a favor
de três instituições de solidariedade
social.
A iniciativa, de índole totalmente
privada, prova que
mais importante do que
criticar a alegada falta de
eventos culturais é fazer alguma
coisa para marcar a
diferença. Esta é, pois, uma
oportunidade para os
bracarenses mostrarem que
também sabem fazer a diferença.

Publicado no Correio do Minho de 28/12/09


Oh filha, ainda bem que mencionaste o facto de ser uma iniciativa TOTALMENTE privada, ou seja, o Município continua sem apoiar a cultura. Não interessa, não é verdade?
Além do mais, fazes menção a este apoio porque o Correio do Minho todos os dias publica uma qualquer novidade sobre o tema.
Ah, e esqueceste-te de mencionar que o sítio onde se faz cultura, destruiu toda uma rua, casas e um igreja para erguer um mamarracho à moda do Mesquita Machado. E onde jaz a cultura disso? Provavelmente no chão, junto da lama em que fomos habituados a rebolar em Braga.

3 comentários:

bragopolis disse...

...Há ainda o seguinte. É fantástico que na terra dos Mão Morta, das bandas que gravitam à Sombra de Deus (ou de Mesquita que oferece estúdios no 1º de Maio ?) , da Srª a Branca e de tantos outros, não haja um movimento de subversão cultural que incida a sua acção sobre Braga e seus mandantes ? A rapaziada parece que na terra dos bispos e dos mosquitos se encolhe e prefere ser... global ou nacional. Local é que não ! Estão passados, comprados ou alienados ? Em Braga é que não estão !

Farricoco_Maldito disse...

Caro Bragopolis, parece-me que a malta da cultura quer é mamar à custa do theatro circo, ou conquistar terreno com as velhas brancas, para ir lavando dinheiro. Será que alguém já pensou como é que a Velha-a-Branca, num edificio debilitado tem licença para funcionar como café? E a ASAE já lá passou para ver o estado da cozinha e dos W.C.'s?
Pois, até a cultura paga um preço corrupto para poder ser exercida. Faltam as tertúlias pensantes, os boémios poetas na rua do castelo e os pintores de rua na zona do centro. falta teatro ambulante, música nas vielas, exposições com arte. Agora, ir a uma galeria ver umas pinceladas e fazer disso noticia de jornal todos os dias?Haja paciência.

VALDEMAR DA SAUDADE disse...

Haja o taralho que os todam !